quarta-feira, 25 de março de 2009

A motivação para o crime do ponto de vista do criminoso

Muitas vezes, ouvimos na televisão, certas atitudes de criminosos, que interiorizamos e pensamos "Como pode, uma única pessoa, fazer tão mal a tanta gente, esta pessoa não tem coração?". Por detrás, disto estão várias causas que podem ir desde dificuldades económicas até poucas habilitações. Explicamos então as causa que podem estar por trás da actividade por parte do criminoso.
Podemos então distinguir dois tipos de teorias sobre a motivação para crime do ponto de vista do criminoso: Teoria Sociocultural e Teoria da escolha racional.
A Teoria Sociocultural explica-nos que a motivação para a prática do crime tem origem em factores independentes à vontade do indivíduo, enquanto a Teoria da escolha racional pretende explicar que os criminosos são livres de optar entre a alternativa criminosa e não-criminosa.


A Teoria Sociocultural baseia-se nos seguintes aspectos:
  • A motivação para o crime tem origem em factores sociais e não na decisão individual;
  • As pessoas mais pobres, com escolaridade mínima ou inexistente e com dificuldades de encontrar emprego com boas renumerações, têm mais dificuldades em corresponder às expectativas de consumo e de demonstração do “status” social elevado definido pela sociedade. Esta “pressão” social levaria a que essas pessoas tentassem corresponder, mesmo que isso tivesse que seguir vias ilegítimas do crime e fraude;
  • De maneira a integrar-se numa determinada subcultura, os indivíduos (especialmente jovens e adolescentes) tendem a adequar o seu comportamento mediante as expectativas exigidas (relacionadas á agressividade e violência) pela subcultura;
  • Então, o objectivo principal destes jovens não era a prática de crimes, mas a sua integração nesses grupos sociais (ou também chamados gangs).

Tudo isto não explica o porquê de então, todos os indivíduos submetidos às mesmas forças sociais, não reagirem da mesma maneira, praticando o crime. É importante referir que os indivíduos são diferentes uns dos outros e que têm diferentes maneiras de reagir a essas forças sociais.

Segundo a Teoria da escolha racional existe um momento na vida em que o indivíduo pode optar por cometer o crime, ou não. Cada alternativa apresenta para cada pessoa, diferentes custos/benefícios, os quais os avaliam consoante a importância que dão. Na altura da “decisão” pode-se dizer que a racionalidade se trata de uma racionalidade limitada, visto que a decisão do crime ou não-crime ocorre numa situação de ignorância mediante certas noções que se deve ter acerca da realidade. Por fim, segundo os criminosos as vantagens e desvantagens estariam ligadas a uma sensação de “adrenalina”.

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